quinta-feira, 21 de maio de 2009

Nós contra nós mesmo

Manifestações dos rodoviários. Ontem foi uma confusão só. A população revoltada. Até entendo, é chato mesmo não conseguir chegar ao trabalho, na faculdade, numa entrevista de emprego, etc.. É incômodo, revoltante. Mas necessário.

Motoristas trabalham sem a mínima segurança, ganhando pouco, em uma atividade estressante, em pistas que quando chove alaga, fora os buracos que só põe em risco a vidas de todos. Quando se tem o poder é preciso usá-lo, de forma inteligente. Uma paralisação da construção civil, por exemplo, certamente não surti o mesmo efeito do que a dos rodoviários. Afinal, sem ônibus o comércio não funciona, enfim, tudo para e atinge a todas as classes, média, baixa e alta. Por isso parar é uma maneira mais rápida de resolver os problemas deles, mas prejudica a população? Claro! Toda manifestação tem seu lado ruim.

Já que vivemos em sociedade que ou você fica de um lado ou de outro, então vamos usar a mesma lógica. As pessoas contra os rodoviários e consequentemente a favor dos donos das empresas de transporte, que por sinal uma das categorias que mais lucram. Eu, que faço parte da classe dos trabalhadores, como poderia ficar contra eles. E a favor dos empresários?! Não estou aqui defendendo com todas as forças os motoristas, até porque tem muitos que nem merecem uma palavra de defesa, mas falo pela situação em geral.

É a mesma classe, sendo que uns contra os outros.

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