quinta-feira, 28 de maio de 2009

Tradições –


Figura família. Casamento.Opções sexuais. Convenções familiares. Religião. Sistemas de castas. Festas populares. Etc...

Até acredito que ela sirva para potencializar a cultura de um povo, diferenciar suas características culturais, no entanto um dos grandes problemas em conservar certas tradições, é impedir que novo apareça. É colocar alguns conceitos como imutáveis, capazes de se estenderem por épocas e épocas. Assim se tornam retrógrados, defasados, que não correspondem mais as necessidades atuais, as opções e atitudes de cada época. As tradições de outrora carregam consigo uma série de preconceitos e estes vão sendo propagados a todo instante. É preciso uma adequação a cada era. É preciso perceber quem a minha vontade hoje, certamente não era a mesma vontade da minha avó quando tinha 19 anos. E porque então eu tenho que seguir as mesmas regras?!

Tradições perdidas! Eu não quero mais flores! rs

domingo, 24 de maio de 2009

Vou te Contar...


Invalida todas as regras da moral, ultrapassa o limite da lógica humana, vai além de qualquer explicação, às vezes é inimáginavel, só teoria não basta.. É preciso sentir!

..."O amor se deixa surpreender enquanto a noite vem nos envolver"

"Vem de mansinho a brisa e me diz, é impossível ser feliz sozinha"!... (Tom Jobim)

SERÁ?!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Não me deixe sentada na poltrona num dia de domingo


Faustão, Gugu, Tudo é possível, etc etc.. haff! não me deixe sentada na poltrona num dia de domingo e ainda com a cara para TV. Pura alienação. Domingo passado estava eu com febre, obrigada a ficar deitada, ao ouvir o líder de audiência Faustão, me questionei, é impressionante como ele consegue ultrapassar o limite do ridículo, tosco e bizarro, é contado de dedo alguma coisa que preste naquele programa. E é líder?! Nossa, acho que as pessoas já se acostumaram com aquilo. Afinal, tradição!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Nós contra nós mesmo

Manifestações dos rodoviários. Ontem foi uma confusão só. A população revoltada. Até entendo, é chato mesmo não conseguir chegar ao trabalho, na faculdade, numa entrevista de emprego, etc.. É incômodo, revoltante. Mas necessário.

Motoristas trabalham sem a mínima segurança, ganhando pouco, em uma atividade estressante, em pistas que quando chove alaga, fora os buracos que só põe em risco a vidas de todos. Quando se tem o poder é preciso usá-lo, de forma inteligente. Uma paralisação da construção civil, por exemplo, certamente não surti o mesmo efeito do que a dos rodoviários. Afinal, sem ônibus o comércio não funciona, enfim, tudo para e atinge a todas as classes, média, baixa e alta. Por isso parar é uma maneira mais rápida de resolver os problemas deles, mas prejudica a população? Claro! Toda manifestação tem seu lado ruim.

Já que vivemos em sociedade que ou você fica de um lado ou de outro, então vamos usar a mesma lógica. As pessoas contra os rodoviários e consequentemente a favor dos donos das empresas de transporte, que por sinal uma das categorias que mais lucram. Eu, que faço parte da classe dos trabalhadores, como poderia ficar contra eles. E a favor dos empresários?! Não estou aqui defendendo com todas as forças os motoristas, até porque tem muitos que nem merecem uma palavra de defesa, mas falo pela situação em geral.

É a mesma classe, sendo que uns contra os outros.

INTERNET


Eu a vejo como fonte de conhecimento, perdição e facilidade
Ela ajuda na carreira profissional de uns e desgraça a de outros.
O mundo eu meu quarto, na sala, no sofá, na cama
Exclui, inclui e compartilha.
Alguns a chama de monstro invisível, como diz Falcão, acaba com tudo que é de praxe.
Te deixa artificial, rápido objetivo e criou inevitavelmente uma nova variante da língua portuguesa e não teve reforma que mudasse.
Custo baixo (para alguns), eu nunca mais esqueço aniversário depois do orkut, estimula a curiosidade, para não dizer o lado fofoqueiro, e ainda nos deixou um pouco com preguiça de pensar, mas enfim aqui tudo pode, melhor, quase tudo.
Rola sexo, romance, brigas, encontros, publicidade, traição, marketing, difamação, popularidade e por ai vai.
Mudou a vida de muitos. Mas também quem não a conhece vive fora desse universo, o excluido, analfabeto digital.
Mundo virtual. Hoje estou sem ele e algo está faltando em mim. Esse texto aqui que vocês estão lendo, eu fiz ontem, mas só pude postar hoje, um puto atraso. É, acontece!

Uma questão de consciência

“Eu mesmo que não vou ficar em pé, dá lugar aos velhos?! Estou dormindo. Lugar deles é em casa”. A amiga até tentou “estão indo ao médico, banco, ver parentes, passear, sei lá o que”, só você que pode é? Mas ela continuou “eu chego cansada e ainda tenho que me levantar para alguém que nem paga?”, a não. Ponto final. (uma conversa que ouvi na ida ao trabalho dentro do ônibus)

Eles são mais de 15 milhões em todo país. A previdência social é uma das maiores desculpas do governo para não aumentar salários. São visto como peso morto, não se assustem, é isso mesmo. Alguém que só gasta, não produz, não é mais mão de obra, só tira. E tiram bem menos do que merecem. Ora, eles trabalhavam a vida toda para isso, pagaram tudo que hoje estão recebendo. Nada é de graça.

Malmente tem um atendimento médico de qualidade, nos lugares onde andam são tratados como quem só dá trabalho, além das humilhações que alguns passam. Ninguém os ouvem, e quando entram no ônibus, não falta olhares de desprezos, na verdade quase ninguém gosta. A saúde é debilitada, a força do corpo já não consegue se equilibrar em meios a tantos balanços que nossos bons motoristas de formula 1 fazem.

Mas necessitam ir, viver, andar, circular, e DEVEM. Têm direitos, não só na constituição, mas na própria convenção social, onde todos têm o direito de ir e vir. Além de compreendermos que isso é um direito legal deles, é também uma questão mínima de educação, consciência e conhecimento. Tentar privá-los e excluí-los é um ato agressivo. É querer que uma vida se acabe antes do final. É não saber transitar no espaço do outro. Parecem que esquecemos também que um dia vamos chegar a essa idade.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Entre os jogos da vida


Estávamos todas em um carro, correndo contra o tempo, pois tanta coisa tinha para fazer, e então vermelho, sinal fechou, paramos. No mesmo instante veio um garoto limpar o vidro, e foi automático. "fecha o vidro, rápido". Só que o tempo não quis aceitar a nossa ordem. E ele limpou, pediu um trocado pelo seu serviço , agradeceu e foi embora. Nossa! como somos contraditórios.

O artigo que estávamos produzindo era intitulado "Cultura do Medo", refletia sobre a superexploração da violência e como tendemos a enquadrar e estigmatizar certas pessoas. Quem realmente lucra com esse sistema e que danos físicos e psicológicos isso nos traz. Naquele momento revidei, “espera e estamos estudando para que? ”, boa pergunta, era a prova de uma tremenda contradição, era alguém que refletia e usava todos as teorias para tentar mudar a própria percepção e a dos outros, era alguém que não conseguiu internalizar o próprio discurso, era alguém HUMANO!

Mas, perai não é para julgar, é assim mesmo, é difícil agir em constante equilíbrio entre suas teorias e a prática cotidiana. É bem complicado, mas a gente tenta e muitas vezes obtemos êxito, eu mesma já consegui inúmeras vezes. Era somente um garoto, que não fez nada a não ser limpar o carro e ganhar um trocado. Mas esse garoto representava tanto perigo, era fora dos padrões, era o tipo suspeito, é aquele mesmo tipo que Mv BILL cita em “Cabeça de Porco”. E nós, o que fazemos? Enquadramos. O que é uma atitude mais do que provável. É tão cruel todo esse jogo, é tão desumano, e é tão humano se proteger.

E me pergunto, como pode? Por mais que eu tente falar, não vou conseguir dá uma explicação concreta, mas não é para conseguir mesmo, afinal aqui é entre linhas incertas! Mas é, sobretudo, uma atitude madura e menos hipócrita reconhecer-mos que erramos, nos contradizemos e às vezes as nossas ações não correspondem ao que pensamos.