O puro, o bom, o sensível, piedoso, entre outros... Todos esses adjetivos atribuídos a Cristo estão ligados a beleza, como se ela a completasse e desse o brilho final. Ele, que é visto como um modelo a ser seguido é a referência significativa de um molde preestabelecido. O famoso padrão de beleza que tanta gente fala, mas reparem como isso é de uma dimensão, e às vezes passa tão despercebido, pois é tão corriqueiro que simplesmente nos acostumamos e aceitamos, o que é a lógica "normal" de todo esse jogo.
Se é um modelo a ser seguido o formato no qual esse modelo encontra-se também deve ser seguido e colocado como o melhor, consequentemente como algo superior. Afinal de contas, minha gente, vamos ser sinceros, não conseguimos enxergar ele (Jesus), a “representação” de Deus na terra, de outra maneira. Quando vemos algo que fuja um pouco daquilo já esperado, incomoda e causa estranheza, mesmo estamos conscientes que Jesus não era de fato dessa forma, mas isso interessa a quem mesmo?!
Não me refiro a religião e sim a construção discursiva, afinal de contas Deus também foi construído discursivamente, e esse envolve uma série de adjetivos que estão atrelados ao BELO!
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